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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Algarve quer atrair ciclistas.


A Região de Turismo do Algarve e a Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC) querem atrair para a região mais turistas que se desloquem de bicicleta e cativar equipas de ciclistas profissionais para a realização de estágios.
Ciclismo Algarve
As duas entidades apresentaram esta quinta-feira, em Faro, um conjunto de 42 propostas de percursos para ciclismo de estrada, com quatro níveis de dificuldade, que integram passagens em pontos de interesse histórico e aliam a prática de ciclismo à beleza natural, à gastronomia e aos vinhos típicos da região algarvia.
A região recebe anualmente a mais internacional das provas de ciclismo realizadas em Portugal, a Volta ao Algarve, onde participam habitualmente alguns dos mais importantes ciclistas do pelotão internacional.
O presidente da Região de Turismo, Desidério Silva, citado pela agência Lusa, reconheceu que é necessário criar mais condições para este tipo de turistas no Algarve, onde ainda existe, por parte dos hotéis, “alguma dificuldade em enquadrar os ciclistas”, nomeadamente por não terem local para as bicicletas ou por não permitirem que os hóspedes as guardem no quarto.
O presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, Delmino Pereira, acredita, por seu lado, que o Algarve tem características únicas no país para a prática de ciclismo e condições técnicas para cativar as equipas profissionais para realizarem os seus estágios na região, a exemplo do que acontece no sul de Espanha.
Segundo o antigo ciclista, a Federação tem atualmente cerca de 16.000 filiados, 75% dos quais praticam ciclismo de lazer, atividade em expansão, maioritariamente entre os homens da classe média e média alta, com idades entre os 30 e 50 anos.
O vice-presidente da FPC, Sandro Araújo, sublinhou que o mercado do ciclismo amador e de lazer vai continuar a crescer, pois vai haver “ciclistas com mais idade que querem continuar a pedalar”, em parte devido ao aparecimento das bicicletas elétricas.
O ciclismo é uma boa alternativa ao atletismo, pois tem menor impacto a nível físico e é mais adequado a idades mais avançadas, tendo ainda a vantagem de ser uma atividade que gera receitas, considerou Sandro Araújo.
Marco Fernandes, coordenador da delegação do Algarve da Federação de Ciclismo, explicou que as propostas de percursos apresentadas foram desenhadas tendo em conta a segurança dos ciclistas, a beleza natural dos locais e o facto de integrarem pontos de interesse.
“São 42 percursos com variados tipos de dificuldade, para diferentes tipos de turistas”, afirmou, acrescentando que os percursos, todos circulares, vão desde o nível 1, cuja distância não excede os 70 quilómetros, até ao nível 4, com traçados superiores a 150 quilómetros.
Cada um dos 16 concelhos algarvios tem pelo menos um percurso de nível 1 e foram definidas três zonas de percursos: Este (Sotavento), Central e Oeste (Barlavento).
Quanto a vias destinadas a ciclistas, o Algarve, de acordo com o registo da página eletrónica Ciclovia, tem dez por cento do total nacional – 191 quilómetros (entre ciclovias e ecovias) dos 1787 km existentes em todo o país.
MM

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