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sábado, 27 de fevereiro de 2016

Charros não diminuem capacidade de conduzir bicicleta.

Canábis
Esquema do percurso onde foram realizados os testes
Esquema do percurso onde foram realizados os testes

O consumo de canábis por utilizadores habituais antes de andar de bicicleta não torna a condução mais perigosa, concluiu um estudo realizado por médicos alemães e austríacos e publicado no International Journal of Legal Medicine.
No estudo participaram 12 homens e duas mulheres consumidores daquela droga, que tiveram que fazer um percurso criado pelos cientistas antes de fumarem e depois de consumirem pelo menos um charro cada um.
O teste tinha uma tabela que assinalava e penalizava comportamentos como sair fora do traçado, derrubar obstáculos ou desrespeitar semáforos.
O rigor científico foi ao ponto de determinar como cada um dos participantes devia inalar o fumo da droga: dar uma passa durante quatro segundos, travar o fumo durante dez segundos, liberta-lo ao longo de outros 15 e depois iniciar o percurso.
Os cientistas não descuraram sequer a origem da canábis, que foi produzida legalmente por um holandês e autorizada para fins medicinais pelo governo alemão.
Com os resultados à, frente os investigadores concluíram que “quase nenhum distúrbio da coordenação pôde ser detectado sob a influencia de concentrações elevadas ou muito elevadas de THC (principal princípio psicoativo da canábis)”.
Perante isto, deduz-se que “não há aumento do número de erros após o consumo de canábis”.
Contudo, os erros graves assinalados aos participantes no ensaio foram cometidos sob o efeito elevado ou muito elevado de THC, salientaram os investigadores, que fizeram questão de sublinhar que o estudo não tinha como objetivo demonstrar que a condução de velocípedes sobre o efeito de canábis é seguro e alertam para o facto de circular na estrada sob o efeito da droga é crime e não é recomendado.
Ficou por determinar qual o nível de consumo que deixa o ciclista incapaz de conduzir a bicicleta, mas as “pedradas” mais significativas são facilmente detetadas pelos exames a que as autoridades sujeitam os condutores para despistarem o consumo de álcool e drogas.
O que também ficou provado são as diferentes reações entre quem consome habitualmente e quem o faz apenas esporadicamente.
Os voluntários que participaram no teste eram todos consumidores regulares, pelo que será normal que alguém que consuma esporadicamente fique com as capacidades de condução muito mais reduzidas.
Outra salvaguarda feita pelos cientistas é que os resultados deste teste não podem ser transpostos para o universo dos condutores de veículos motorizados.
Nesse caso, o estudo teria que ser bastante diferente.
(Artigo desenvolvido publicado em Mundo Bici)
MM

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