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domingo, 11 de outubro de 2015

ANTEVISÃO DO GIRO DI LOMBARDIA.

ANTEVISÃO DO GIRO DI LOMBARDIA
Percurso
Chegou o momento da última grande clássica, e o último monumento, da temporada. O Giro di Lombardia terá um total de 245 kms e começa na cidade de Bergamo para terminar na cidade de Como.
A corrida pode ser dividida em duas partes. Os primeiros 170 kms não são muito duros no entanto, os últimos 75 kms só os melhores fisicamente os vão aguentar na frente
Os primeiros 50 kms são completamente planos e que vai levar a um início de corrida rápido uma vez que grande parte das equipas vão querer estar presentes nela. Aí, surge a primeira dificuldade do dia, Colle Gallo (7,5 kms a 6% de inclinação média, com um tramo a 10%). Depois de uma curta descida, volta o terreno plano que leva os ciclistas até ao quilómetro 108. O Colle Brianza é uma subida muito curta e com percentagem muito ligeira que não fará moça no pelotão. Em seguida, temos nova zona de plano que deixa os ciclistas nos difíceis 75 kms finais.
As hostilidades abrem com a subida para Madonna del Ghisallo (8,58 kms, 6,2% de inclinação média e com zonas a 14%). Apesar de não parecer muito dura, o último quilómetro tem uma inclinação média de 9,5%. Os ciclistas têm uma pequena descida, cerca de 6 kms, e voltam a subir, desta vez a Colma di Sormano. Os primeiros 5 kms da subida são a uma pendente de 6,6%, mas o final, também conhecido por Muro di Sormano, é diabólico. Será 1,5 km a 15,8% de inclinação média, onde existem rampas a 27% de inclinação. No final da subida, o pelotão vai estar a 50 quilómetros do fim. De seguida, temos uma longa descida, de praticamente 13 kms, e uma fase de plano com 16 kms. Ao fim disto, os ciclistas entram na parte decisiva.
A subida para Civiglio (4,2 kms, 9,7% de inclinação média, e com zonas a 14%) é a penúltima do dia, e vai fazer ainda uma maior seleção no grupo que já deve ser bastante reduzido. Depois de uma descida de 6 kms, o pelotão entra no momento da verdade. A 8 quilómetros do fim, os ciclistas estão no sopé de San Fermo della Battaglia (3,3 kms, 7,2% de inclinação média, e com uma zona a 14% bem perto do topo).
Após a subida final, os ciclistas estarão a 5,3 kms do fim. Existirá uma descida de 3,8 kms com uma percentagem de 5,3%, e que se vai tornar ainda mais perigosa com a chuva que vai cair ao longa da prova.
Por fim, existirão 1500 metros de plano, que levará os ciclistas a recta da meta. Esta tem 600 metros, com uma largura de 7 metros o que, em caso de sprint, não será um problema para ultrapassagens.

Favoritos
Vincenzo Nibali é o principal favorito. O italiano vem da vitória na Tre Valli Varesine para além de ter ganho a Coppa Bernocchi, ainda antes dos Mundiais. O italiano vem, por isso, muito motivado para o último monumento da temporada. Estando a subir como sempre nos habituou, e não tendo o desgaste da Vuelta, uma vez que foi expulso da corrida, o siciliano tem tudo para vencer. Para além disso, a chuva vai endurecer a corrida e Nibali vai poder arriscar ainda mais nas descidas e sentenciar a corrida. Para o ajudar terá Valerio Agnoli, Dario Cataldo, Mikel Landa, Miguel Angel Lopez, Diego Rosa, Michele Scarponi e Davide Malacarne.
Alejandro Valverde é o outro grande favorito. O espanhol mostrou nos Mundiais que ainda pode vencer provas este ano ao fazer quinto. Para tentar ganhar o seu 2º momento da temporada, depois da Liege-Bastogne-Liege, o ciclista da Movistar vai contar com toda a sua experiência e com a sua capacidade de subir e descer como poucos. Depois de dois segundos lugares nesta prova, chegou o momento do tudo ou nada para o murciano. Também pode esperar pelo sprint final, pois em grupos reduzidos é certamente o favorito. Andrey Amador, Ion Izaguirre, Javier Moreno, José Joaquin Rojas, Marc Soler, Jasha Sutterlin e Giovanni Visconti serão as suas ajudas.
Outsiders
Rafal Majka tem aqui o seu último objectivo da temporada. O polaco mostrou na Milão-Torino que a forma da Vuelta ainda está presente ao fazer segundo. Há dois anos, Majka foi terceiro nesta prova e, este ano, vai querer subir ao lugar mais alto do pódio. O ciclista da Tinkoff sabe que tem que atacar numa das dificuldades finais para vencer a prova italiana uma vez que não é um ciclista que uma rápida ponta final. Em seu auxílio terá Daniele Bennati, Jesper Hansen, Jesus Hernandez, Robert Kiserlovski, Bruno Pires, Pawel Poljanski e Chris Anker Sorensen.
Rui Costa é um ciclista a ter em atenção. O português foi terceiro no ano transacto e vai querer melhorar esse resultado para também subir na classificação UCI World Tour. Costa sabe ler muito bem a corrida e sabe quando tem que atacar e seguir os seus adversários e isso são pontos que jogam a seu favor. Para além disso, o ciclista da Lampre tem um excelente ponta final e pode vir vencer num grupo restrito. A chuva também joga a seu favor pois o ciclista português obteve sempre excelentes resultados com estas condições meteorológicas. Diego Ulissi será o seu principal apoio, mas Matteo Bono, Valerio Conti, Kristjian Durasek, Ilia Koshevoy, Manuele Mori e Jan Polanc serão ciclistas que vão estar no apoio do antigo campeão do mundo.
Por fim, temos Philippe Gilbert. O belga já venceu esta prova por duas ocasiões, mais precisamente em 2009 e 2010 e vai querer juntar-se a um lote restrito de ciclistas com 3 vitórias. Mostrou-se em forma nas clássicas do Canadá e, mais recentemente, nos Mundiais e com a sua capacidade de aguentar as subidas curtas e explosivas e sprintar como poucos pode vir a ser uma dor de cabeça por os trepadores aqui presentes. John Darwin Atapuma, Damiano Caruso, Alessandro de Marchi, Samuel Sanchez, Manuel Senni, Dylan Teuns e Peter Velits serão os escudeiros do belga da BMC.
Possíveis surpresas
Dentro das possíveis surpresas existem vários ciclistas em todas as equipas, dentro dos quais destacamos Bauke Mollema na Trek, Adam Yates na Orica, Thibaut Pinot na FDJ, Tim Wellens e Tony Gallopin na Lotto Soudal, Michal Kwiatkowski na Etixx, Robert Gesink e Wilco Kelderman na LottoNL-Jumbo, Daniel Martin na Cannondale, Diego Rosa na Astana, Warren Barguil e Tom Dumoulin na Giant , Daniel Moreno na Katusha e Romain Bardet na AG2R. Caso os seus líderes falhem Diego Rosa, na Astana, e Giovanni Visconti, na Movistar, podem vir a surpreender.
Super-jokers
Os nossos super-jokers são Wouter Poels, Alexis Vuillermoz, Damiano Cunego e Davide Rebellin.
MM

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