Reconhecido pelo desenvolvimento de projetos inovadores, o Centro Universitário da FEI apresenta a exposição “BIKE INNOVATION”. São duas réplicas, consideradas arrojadas para a época em que foram projetadas: uma criada por Leonardo da Vinci (1490) e outra pelo francês Conde Mede de Sivrac (1790); e duas bicicletas futuristas, inspiradas em modelos de competição, que utilizam o que há de mais inovador em engenharia e materiais.
Responsável pelo desenvolvimento das bicicletas, o prof. Ricardo Bock, de Engenharia Mecânica do Centro Universitário da FEI, afirma que “os projetos são extravagantes, de acordo com a época em que foram desenvolvidos. As antigas mostram a genialidade de seus criadores. Com as bicicletas atuais, queremos demonstrar o que existe de mais avançado em engenharia e materiais”.
Leonardo da Vinci
No século XV, a Europa vivia o auge da expansão marítima, alimentada pelo desejo de expandir as suas relações comerciais com outros países. Esta busca pelo comércio em terras distantes fez com que o desenvolvimento de embarcações e instrumentos de navegação fosse muito intenso nesta época, sendo que havia incentivos dos países para feitos nesta área. Foi neste contexto que, em 1490, outra invenção da mobilidade nasceu, a bicicleta. Este projeto, creditado a Leonardo da Vinci, é um dos primeiros registros de uma máquina que se assemelha à bicicleta moderna. Apesar disto, este projeto já contava com um mecanismo de direção com guidão, apesar de a articulação estar no meio da estrutura da bicicleta. Ele também contava com um primitivo, porém inovador sistema de transmissão, com pedais e engrenagens que eram ligados por meio de uma cinta de couro perfurada. Vale destacar que a corrente como ela é conhecida hoje é uma invenção que data dos anos 1800. Mesmo assim, alguns desenhos também da autoria de Da Vinci mostram projetos de alguns tipos de corrente. Não se sabe da existência da construção desta bicicleta na época do seu projeto, que ficou perdido e só foi reencontrado em 1966 pelos jesuítas. O modelo exposto foi totalmente construído no Centro Universitário da FEI em 2012 buscando ser o mais fiel possível ao projeto original.
Celerífero
Em 1790, o mundo já vivia os primórdios da revolução industrial. Mudanças na agricultura, produção têxtil, mineração, entre outros avanços tecnológicos, estavam surgindo e impactariam para sempre o cotidiano. O grande motor desta revolução já havia sido apresentado ao mundo, o motor à vapor. Com maior produção e necessidade de locomoção de bens e pessoas, a mobilidade também avançou nesta época. A expansão dos meios pluviais com a criação de canais e o início do desenvolvimento das ferrovias garantia um bom escoamento dos produtos. Nesse contexto onde o ferro parecia ser o futuro, graças aos avanços feitos por Abraham Darby, eis que a primeira bicicleta do mundo foi construída usando a madeira como matéria-prima. De autoria do francês Conde Mede de Sivrac, o Celerífero, como ficou conhecido, se assemelha muito a uma bicicleta comum, porém de uma forma bastante rudimentar. Não há um dispositivo que permita a mudança de direção, tampouco existia uma forma de transmitir potência para as rodas. O usuário deveria empurrar o Celerífero para frente usando os pés e como não havia um sistema de travão, também era necessário o uso dos pés para diminuir a velocidade ou parar. O modelo exposto foi totalmente construído no Centro Universitário da FEI em 2012 buscando ser o mais fiel possível ao modelo original.
Bike Innovation – BF 1
A proposta deste projeto consistiu em aplicar um design inovador em um produto tradicional e consagrado como a bicicleta, levando o Prof. Ricardo Bock, do Departamento de Engenharia Mecânica da FEI, a criar uma versão futurista de um meio de transporte que existe há muito tempo. Para isto, o design desta bicicleta buscou inspiração nas competições. Alguns elementos usados em bicicletas de competição que correm em velódromos foram utilizados, como as calotas e visual arrojado. Apesar do design diferenciado, todas as medidas de ergonomia foram rigorosamente respeitadas para manter a funcionalidade do produto final, além do conforto e bom posicionamento do ciclista. Sendo assim, as dimensões do quadro respeitam aquelas praticadas na indústria, porém a crenagem em fibra de vidro garante o visual exclusivo. Este projeto foi concluído em 2013 no Centro Universitário da FEI.
Ficha Técnica
Quadro – Feito em alumínio e aço cromo molibdênio com carenagem em fibra de vidro.
Rodas – Dianteira: Aro 26 com raios e Jante em fibra de vidro. Traseira: Aro 29 e Jante em fibra de vidro.
Travões – Por espora em alumínio na roda traseira.
Transmissão – Sistema produzido pela empresa Gates com correia de carbono da linha Carbon Drive e relação de transmissão de 1:1,786 sendo a coroa de 50 dentes e o pinhão de 28 dentes.
Bike Innovation – BF 2
Foi a partir do círculo, o elemento geométrico que inspirou a criação deste projeto que une um tradicional meio de transporte e de prática esportiva, ao design inovador e futurista.
Desenvolvido pelo professor Ricardo Bock, do Departamento de Engenharia Mecânica da FEI, o projeto segue o padrão ergométrico de bicicletas de competição, mas com alguns diferenciais como: rodas orbitais, sistema de transmissão embutida e pintura feita em “Metal Flake” (flocos de metal) e verniz. O quadro foi produzido em fibra de carbono e vidro e as rodas em alumínio.
Ficha Técnica
Transmissão – Tipo epicicloidal de um estágio e um eixo intermediário com transmissão por corrente de rolos
Material: Alumínio série 7000 (aeronáutico)
Relação de Transmissão: 1:2,7
MM
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.