A única equipa espanhola Profissional Continental teve uma temporada bastante competente, vencendo com várias figuras e em diversas provas do calendário internacional.
No total, foram 11 triunfos. Tudo começou logo em Fevereiro, com Angel Madrazo, que ganhou na Etoile de Besseges. Depois foi preciso esperar até Abril, quando surgiu a prova mais bem-sucedida da temporada. Na Volta a Turquia, venceu duas etapas, com Pello Bilbao e Jaime Roson e a geral com o português José Gonçalves. Nessa mesma semana, Hugh Carthy venceu a etapa rainha e a geral da Volta às Astúrias. Esta boa fase da temporada continuou com duas vitórias no Grande Prémio das Beiras e Serra da Estrela, com Eduard Prades e José Gonçalves. Prades voltou a triunfar na Philadelphia International Cycling Classic e Gonçalves na etapa 7 da Volta a Portugal. O último triunfo do ano surgiu na Volta a Burgos, com Sergio Pardilla.
Como seria de esperar, a figura da equipa foi José Gonçalves. O português assinou a melhor temporada enquanto ciclista profissional, vencendo a classificação geral da Volta a Turquia, uma etapa no Grande Prémio das Beiras e Serra da Estrela e outra na Volta a Portugal. Foi, ainda, 5º na Boucles la Mayenne e 7º na Boucles de l'Aulne. Falhou apenas na Vuelta, talvez acusando o desgaste de uma longa temporada. Pelo esforço que teve, depois de uma queda gravíssima que o ia retirando do ciclismo, Sergio Pardilla merece o destaque. Foi 2º na Volta às Astúrias, 7º na Volta a Madrid, 2º no Grande Prémio das Beiras e Serra da Estrela, 5º na Route du Sud e 3º na Volta a Burgos, mais uma etapa. Pelo 9º posto na Volta a Catalunha e pelo triunfo na Volta às Astúrias, Hugh Carthy merece ser referenciado.
Pela negativa, temos que referir Pello Bilbao. O espanhol até começou bem a temporada, sendo 6º no GP Miguel Indurain, 2º na Volta a Castilla y Leon e uma etapa na Volta a Turquia, mas depois quebrou, voltando a aparecer no final de temporada e de forma esporádica. Muito pouco, para um ciclista desta qualidade. Carlos Barbero também teve uma temporada um pouco fraca, também devido a uma lesão; as vitórias não apareceram, algo que já não acontecia desde que o espanhol se estreou a vencer.
Para a próxima temporada, a formação espanhola vai internacionalizar o seu plantel. De saída, estão grande parte das suas figuras (Hugh Carthy, Carlos Barbero, Pello Bilbao, José Gonçalves e Angel Madrazo), bem como os outros dois portugueses (Domingos Gonçalves e Ricardo Vilela), sendo que, dos reforços, se destacam Rafael Reis, Chris Butler, Dylan Page e Yuri Trofimov. O russo vai ser a aposta da equipa para as provas por etapas espanholas, sendo uma figura segura para terminar no top 10 da maior parte das provas. Esta mudança levou, também, a uma maior aposta em ciclista jovens. Assim, destacamos Rafael Reis, por ser um excelente contra-relogista e estar numa equipa onde pode evoluir, Dylan Page, jovem sprinter suíço que este ano foi 3º no Trofeo Palma e 8º no Tour de Vendee de 2015, Jon Irisarri, trepador espanhol de 21 anos que, este ano, foi um dos destaques da Volta a Portugal do Futuro, terminando em 4º, e foi vice-campeão espanhol de estrada sub-23, e Nick Schultz, ciclista australiano, que se caracteriza por ser muito completo, andando bem em todos os terrenos e que venceu uma das etapas mais difíceis do Tour de l’Avenir. Dos ciclistas que transitam do ano passado, referenciamos Jaime Roson, trepador de 23 anos que, este ano, foi 5º na Volta a Castilla y Leon e 9º na Volta a Turquia e está “no ponto” para dar o salto.
Foto de Camisola Amarela.
MM
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