Casamento perfeito.
Já havia as motas e as carrinhas para vender comida na rua.
No Brasil, surgiram agora as bicicletas, de longe o transporte mais sustentável para vender refeições ligeiras, doces ou o que a imaginação recomendar e o paladar aprovar.
“Hoje, a maioria das bicicletas vem com tudo acoplado.
Têm fogão elétrico, não usam gás.
Todas elas têm frigorífico, lugar para lavar as mãos.
Vão ter os itens para manipular os alimentos também”, enumera Jessé Teixeira Félix, presidente da Associação Brasileira de Ciclistas, citado numa reportagem do jornal O Globo.
O motivo para a história publicada nesta terça-feira foi a decisão da jornalista Milena Graziela, também filósofa, que começou a confecionar bolos brigadeiro para conseguir uma “renda extra”.
No seu caso, bastou arranjar uma cicicleta adequada, colocar-lhe uma caixa para transportar os doces, aplicar-lhe uma placa a anunciar o produto e uma marca: optou por “Dona Chita”.
“A minha bicicleta foi roubada.
Logo em seguida, fui para São Paulo e vi o movimento das food bikes”, conta a repórter, que reside em Santos, cidade que percorre na sua bicicleta, indo também a Guarajá para vender mais de dez variedades de brigadeiros.
Milena Graziela já usava a bicicleta para se deslocar e achou que o “casamento” do velocípede com o seu pequeno negócio seria perfeito.
Contudo, em Santos, ao contrário do que sucede já noutras cidades, a venda de comida na rua em bicicletas ainda não está regulamentada, pedido já feito à Câmara da cidade pela Associação de Ciclistas brasileira.
Para Jesse Félix, as food bikes podem crescer ainda mais no Brasil, principalmente nas regiões do litoral, nomeadamente em S. Paulo e se tornem uma verdadeira alternativa tanto para moradores como para turistas comprarem as suas refeições enquanto passeiam pelas cidades ou pelas praias.
“Isso já existe no mundo inteiro.
Nossa ideia é que as food bikes bombem durante o verão’”, concretiza o ativista.
Não é bem no mundo inteiro, porque a Portugal a moda ainda não chegou.
MM
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