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domingo, 10 de abril de 2016

Paris-Roubaix 2016 - Guia da Prova

Neste domingo, dia 10 de Abril, acontecerá a prova mais esperada da temporada de clássicas. A Paris-Roubaix, também conhecida como Inferno do Norte, reúne setores duríssimos de paralelepípedos, terreno e clima implacáveis e muita emoção do começo ao fim. Trata-se de uma prova completamente imprevisível, onde o pretendente a vencedor vai precisar das melhores pernas, muita cabeça e uma boa dose de sorte para subir no lugar mais alto do pódio.
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Diz a lenda que palavras como Trouée d'Arenberg, Mons-en-Pévèle e Carrefour de l'Arbre, nomes de três setores de paralelepípedos da Roubaix, causam pesadelos em muitos ciclistas. E não é por menos, já que eles são responsáveis por inúmeros furos de pneu, tombos cinematográficos e muita, mas muita decepção daqueles que não contaram com a sorte para vencer. 

Edição passada

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Em uma das raras ocasiões que chuva e a lama não bagunçaram completamente o coreto, a edição de 2015 foi vencida por Degenkolb, o sprinter mais forte de um grupo de nove atleta que entraram juntos no velódromo. 

Todavia, a poera durante a Paris-Roubaix 2015 fez três grandes vítimas: os orgulhos de Bradley Wiggins, da SKY e da Pinarello - todos eles contando com o desempenho revolucionário da DOGMA K8-S, uma bike de estrada com suspensão traseira.

Quilômetros finais 2015



Percurso

A Paris-Roubaix 2016 nem começou e já levantou algumas polêmicas. No começo desta semana, surgiu a notícia que um dos trechos de paralelepípedos pode ser retirado da prova graças a grande presença de lama. Porém, com 27 setores de "pavés", a emoção com certeza está garantida, ainda mais que a previsão do tempo é de chuva e fortes ventos.
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No total, os ciclistas enfrentarão 52.8kms de paralelos ao longo dos 257.5km da prova que sai de Compiègne e termina dentro do velódromo de Roubaix. Depois de 127kms percorridos, um setor de paralelos em subida em Hameu du Buat foi incluído, o que promete apimentar ainda mais a disputa. 

A pancadaria costuma começar com cerca de 160km de competição, quando o pelotão adentra a mítica Floresta de Arenberg. A partir deste momento, estar posicionado na dianteira do bloco é fundamental, já que ele tende a quebrar-se inteiro e, se o ciclista ficar para trás, recuperar-se é praticamente impossível. 

Mais para frente, a apenas 18km da chegada, o Carrefour de l'Arbre é outro ponto alto, tendo papel decisivo em inúmeras ocasiões. Depois, os ciclistas enfrentam um trecho de asfalto que leva para o velódromo de Roubaix, onde a prova termina depois de uma volta e meia. 

Setores de paralelepípedos

Troisvilles à Inchy
Viesly à Quiévy
Quiévy à Saint-Python
Saint-Python
Vertain à Saint-Martin-sur-Écaillon
Capelle à Ruesnes
Quérénaing à Maing
Maing à Monchaux-sur-Écaillon
Haveluy à Wallers
Trouée d'Arenberg
Wallers à Hélesmes
Hornaing à Wandignies
Warlaing à Brillon
Tilloy à Sars-et-Rosières
Beuvry-la-Forêt à Orchies
Orchies
Auchy-lez-Orchies à Bersée
Mons-en-Pévèle
Mérignies à Avelin
Pont-Thibault à Ennevelin
Templeuve (Moulin-de-Vertain)
Cysoing à Bourghelles
Bourghelles à Wannehain
Camphin-en-Pévèle
Carrefour de l'Arbre
Gruson
Willems à Hem
Roubaix

Ciclistas para ficar de olho

Em sua 114º edição, alguns ciclistas devem ser observados de perto na Paris-Roubaix 2016. Uma menção especial na linha de largada é Tony Martin, o fortíssimo passista alemão que pretende vencer esta edição. A julgar por seu desempenho na Etapa dos Paralelepípedos no último Tour de France, é bem capaz que ele consiga esse heroico feito. Todavia, com um excelente desempenho nesta temporada, Peter Sagan está no lugar mais alto nas apostas. Afinal, o atual campeão mundial está voando baixo, tendo vencido a Gent Wevelgem e o Tour de Flanders.
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Em seu ano de aposentadoria, Fabian Cancellara também é um forte candidato para a vitória. Afinal, mesmo tendo vencido "só" a Strade Bianche este ano, o suíço mostrou muita força até agora, batendo na trave na Gent Wevelgem e na Ronde. O fato de ter vencido a Roubaix por três vezes em sua carreira também ajuda bastante. 

O belga Tom Boonen, que já venceu a prova 4 vezes, sempre será um favorito. Porém, até o presente momento o atleta da Etixx-QuikStep está devendo uma boa apresentação - tudo graças a um grave acidente sofrido no fim do ano passado. Alexander Kristoff está em um barco parecido com o de Boonen. Tendo vencido diversas provas ano passado, o atleta da Katusha ainda não soltou as pernas nesta temporada, por isso está apostando todas as fichas na Roubaix. 

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Zdenek Stybar, que chegou em segundo lugar na Strade Bianche este ano, também aparenta uma excelente forma. Até porque, na competição italiana ele só foi superado por um fortíssimo Cancellara, que simplesmente estava em um patamar mais elevado do que todo o resto do pelotão. Lars Boom, ex-campeão mundial de cyclo-cross, teve até agora um pouco de má sorte nas clássicas, mas sempre andou bem quando foi possível. 

Fechando a lista temos Sep Vanmarcke da LottoNL-Jumbo, atleta que está realmente muito bem este ano, tendo batido na trave em algumas ocasiões até agora. Basta dizer que, tanto na Gent Wevelgem quanto na Ronde, ele foi o único a fazer frente a Cancellara e Sagan. No Tour de Flanders, o Belga foi um verdadeiro guerreiro, grudando na roda do monstro Cancellara que perseguiu Peter Sagan ferozmente nos quilômetros finais. 


MM

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