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sábado, 7 de outubro de 2017

Selins.

O selim é uma das partes mais importantes da bicicleta no que diz respeito ao conforto.
Muitos iniciantes sofrem e até desistem de pedalar por não terem um selim adequado.
Veja suas características.
Selins


Largura e Formato

Esse é o ponto mais subestimado, porém, muito importante de um selim.
A maior parte do conforto vem da compatibilidade da largura do selim com a distância entre os ossos do quadril de quem pedala.
Como cada corpo é diferente, é muito difícil criar um padrão único de tamanho.
Por mais que pareça estranho, um selim mais largo não é necessariamente mais confortável e também um modelo que seja confortável para uma pessoa pode não ser para outra.
Vale lembrar que as pernas do ciclista não ficam paradas e uma largura excessiva atrapalha a pedalada.
*Veja matérias a seguir.

Trilhos


O encaixe do selim com a bicicleta se dá através do canote, normalmente com um sistema que “abraça” um par de trilhos no selim.
Esses trilhos, nos selins mais modernos, podem ter também diferentes diâmetros e até serem ovais, precisando assim ser compatíveis com o canote.
Apesar de ser o sistema mais popular, não é o único: existem também sistemas de trilho único e até de encaixe direto, sem qualquer trilho.
A função dos trilhos também é ajustar a distância do selim em relação ao guidão e alguns deles possuem uma escala impressa para facilitar a memorização quando pessoas diferentes usam a mesma bike. Os materiais usados nos trilhos podem ser: aço, titânio e fibra de carbono.

Densidade

A densidade da espuma também é outra característica presente.
Ao contrário da crença popular, um selim mais macio não é necessariamente mais confortável.
O “teste” de apertar a espuma com o dedo para tentar adivinhar se é confortável não traz nenhuma garantia. Em poucos minutos pedalando, a suposta espuma macia já não tem efeito e o que vai valer serão outras características da construção do selim.
Um dos itens mais populares para os iniciantes é a capa de gel. Porém, não é uma solução definitiva para quem vai pedalar além de um curto passeio.
O problema é que mesmo com a maior densidade do gel, ainda vai existir pressão no local incorreto, se a largura estiver inadequada.

Flexibilidade / Base

A base na qual são encaixados os trilhos e montados a espuma e a capa muitas vezes é feita com materiais flexíveis, que se deformam um pouco ao pedalar.
Alguns designs são até vazados em pontos estratégicos, para permitir essa flexibilidade.
Algumas bases são vazadas com outro objetivo: aliviar a pressão no meio do selim, que fica em contato com a zona do períneo.
Essa preocupação surgiu depois de estudos apontarem que atletas que passam muito tempo pedalando podem ter problemas de fertilidade e ereção.
Alguns modelos são vazados tanto na base, quanto em toda a espuma e na capa, formando um buraco em toda a parte central.
Os selins de passeio possuem duas molas grandes atrás e às vezes uma terceira na frente, prometendo aumentar o conforto. Porém, nem sempre essa é uma boa solução.

Capa

O revestimento que mantém a espuma presa à base pode ser feito de diferentes materiais.
O couro é uma das melhores opções, pois é poroso e permite maior ventilação, além de ter maior durabilidade. É bom evitar materiais que sejam muito escorregadios.
Mitos
- Um selim mais largo é mais confortável.
- Capas de gel resolvem o problema de conforto.
- Quanto mais macio, mais confortável.

Peso

Mais uma vez, como em todas as peças da bicicleta, o peso aqui também é um vilão dos competidores.
Alguns usam bancos sem qualquer forro para diminuir ainda mais o peso. Existem até selins todos em fibra de carbono.
Os mais leves do mercado pesam menos de 80 g. Será que vale o desconforto?

Ajustes

Altura
Pedalar com o selim baixo é bastante comum entre os iniciantes, pois traz mais segurança para pôr o pé no chão ao parar e também facilita subir e descer da bike.
Porém, pedalar assim é mais cansativo e pode trazer problemas aos joelhos.
O importante é nunca manter a perna totalmente esticada na parte mais baixa da pedalada, mantendo o joelho levemente dobrado.
Para maior segurança, os iniciantes devem subir o selim gradativamente a cada saída com a bike, até chegar na altura recomendada. O ideal é fazer um Bike Fit.
Ângulo
Normalmente, a posição mais confortável é deixar o selim horizontal, paralelo ao solo.
Algumas pessoas gostam de incliná-lo um pouco, mas qualquer inclinação radical é prejudicial. Inclinar o nariz muito para cima pode aumentar a pressão no períneo e inclinar muito para baixo vai transferir o peso do ciclista mais para frente, concentrando mais nas mãos.
Distância horizontal
Essa distância deve variar de acordo com o estilo de pedalada de cada pessoa.
Essa medida é mais importante para atletas, que terão um desempenho superior com a distância correta.
Para os iniciantes, é importante saber que essa distância não deve ser ajustada para compensar um guiador que esteja muito para trás ou muito para frente.
Para isso, deve-se trocar o avanço (peça que prende o guidão à bike).

Conforto

O conforto do selim é resultado de uma série de fatores. Como dito anteriormente, o ajuste correto é o principal a ser feito para melhorar os problemas.
Logo depois, a largura adequada é o que mais fará diferença.
A densidade da espuma e flexibilidade da base ficam como uma ajuda extra.
Vale notar que após longos períodos sem pedalar é normal sentir desconforto nos primeiros quilômetros, especialmente porque, com pernas ainda fracas, a tendência é colocar mais peso no selim.
O ideal é recomeçar gradativamente, para que o corpo se acostume.
Se depois de algum tempo pedalando, com o ajuste correto, ainda houver desconforto, o recomendado é procurar um outro selim de largura mais adequada.

Tecnologia / Especiais

A empresa italiana Fizik, lançou no ano passado o selim de competição Kurve.
Entre outros avanços, foi criado um sistema que promete, através de um teste simples de alongamento muscular, definir a largura correta entre três versões disponíveis.
Além disso, ele vem com uma peça que altera a flexibilidade da base, alterando a relação desempenho versus conforto. Clique aqui e saiba mais.
Sempre focando em ergonomia, a alemã Ergon criou o SM3 Pro Carbon.
Como destaque, o selim tem uma espuma com densidades variadas em diferentes partes, uma pequena peça amortecedora no nariz e um corpo em carbono bem fino e com trilhos conectados em pontos estratégicos para maior flexibilidade. Clique aqui e saiba mais.

Na categoria de selins leves, a marca Trigon tem um modelo um pouco mais radical: trilhos e base em carbono e, em alguns casos, sem qualquer capa ou acolchoamento. Clique aqui e saiba mais.

A Kalf desenvolve selins para Freeride Extreme, com design próprio para a execução das manobras e com a devida atenção ao grafismo. Clique aqui e saiba mais.

Existem também selins específicos para mulheres.
A Specialized tem diversos modelos específicos, que levam em consideração as diferenças corporais delas para os homens. Clique aqui e saiba mais.
O selim Brooks é muito famoso entre os ciclistas que usam a bici para passeio e cicloturismo.
Ele é feito de um couro que promete se adaptar ao corpo depois de um tempo de uso. Clique aqui e saiba mais.

MM

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