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sábado, 30 de março de 2019

Governo quer Portugal a pedalar 15 vezes mais até 2030

Governo quer Portugal a pedalar 15 vezes mais até 2030

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Mais bicicletas nas ruas, mais ciclovias, menos acidentes. Estratégia Nacional para a Mobilidade Activa apresentada esta quinta-feira centra atenções nos peões e uso de bicicletas. Objectivo é chegar à média europeia dentro de uma década.Quando o Governo pensa no calendário de 2030, imagina-o acompanhado de uma espécie de epígrafe de um Portugal “orgulhosamente activo”, onde “pedalar e caminhar” não só é “seguro e saudável” como se tornou uma prática comum e opção “natural para as deslocações mais curtas”. Para isso, no entanto, ainda é preciso pedalar muito. As metas estão traçadas na Estratégia Nacional para a Mobilidade Activa, onde cabem 51 medidas, entre mudanças culturais, ambientais, educacionais ou legislativas.A ambição da estratégia apresentada esta quinta-feira por António Costa, o ministro do Ambiente, Matos Fernandes, o Secretário de Estado Adjunto e da Mobilidade, José Mendes, e ainda Frederico Rosa, presidente da Câmara do Barreiro, gratificado com a chave de um autocarro movido a gás para os transportes colectivos da cidade, é a de “alcançar em 2030 aquela que é hoje a média europeia” de utilização da bicicleta para deslocações. Actualmente, apenas 0,5% dos portugueses usam a bicicleta para se deslocarem e o objectivo é chegar aos 7,5%. É fácil perceber, pois, que a ambição é grande: corresponde a uma subida de 1500%. Ou 15 vezes mais para ser mais simples. Mas José Mendes garante que o Governo tem “os pés bem assentes na terra” e fala de uma meta “completamente realista”.Os objectivos foram projectados retirando algum protagonismo ao modo pedonal, mas sobretudo aos carros, revelou ao PÚBLICO. O foco tem de ser posto nas “viagens mais curtas, entre dois a seis quilómetros” e com protagonismo dado às bicicletas eléctricas, cuja compra passou, este ano, a ter direito a um incentivo estatal. Mas também fazendo uma “articulação com os transportes públicos”, usando os velocípedes como “complemento”.No país de hoje, olhando para as duas grandes cidades, as deslocações feitas em bicicleta correspondem a percentagens ainda muito baixas: 0,2% em Lisboa e 0,3% no Porto. Numa rápida comparação com a realidade de outras geografias, o estado de alma não se dá a grandes ânimos. Em Copenhaga, chega-se aos 41%. Em Dublin e Viena, aos 7%. Mas o insucesso, descanse-se, não é maldição nacional. Para acreditar que outra realidade é possível basta olhar para a Murtosa, vila do distrito de Aveiro, onde 16,9% das viagens são feitas nesses veículos.A última revisão do código de estrada, em 2013, já contemplava algumas alterações com o desígnio de dar maior segurança aos ciclistas. Mas, feito o balanço, “não conseguiu alterar a percepção de insegurança dos ciclistas, nem teve as consequências expectáveis na fiscalização e penalização efectiva dos incumprimentos da lei”. Por isso, esta renovada estratégia – que terá em 2019 o seu ano de programação, seguindo-se depois uma década de implementação – prevê um “aperfeiçoamento do código da estrada”, avaliando possibilidades como as de “um veículo cruzar um traço contínuo na ultrapassagem a velocípedes” ou de, em viragens à direita, os ciclistas “poderem passar o sinal vermelho, embora perdendo a prioridade”. Temas como o “transporte de bicicletas no exterior de veículos pesados de transporte de passageiros” e a hipótese de “atravessamento diagonal da via para peões, com a criação de passadeiras em “X” em cruzamentos seleccionados” serão também avaliados.E o Governo promete mão pesada na aplicação da legislação, fazendo-o “de forma diligente, regular e consistente, com directrizes efectivas em relação à penalização de comportamentos perigosos e desrespeitosos para peões e ciclistas.”
MM

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