Seis bicicletas ligadas a três geradores produziram a electricidade suficiente para alimentar um festival de arte sustentável que decorreu durante dois dias na cidade brasileira de S. Paulo.
A meia dúzia de “gerónimas”, como foram batizados os velocípedes, alimentaram de energia sistemas de som e de iluminação do festival alternativo.
A estrutura foi desenvolvida ao longo de dois anos pelo engenheiro eletrotécnico e ciclista Silas Batista, que foi desenvolvendo vários protótipos de bicicletas até conseguir máquinas suficientemente eficientes para produzirem a eletricidade para o festival, realizado nos dias 12 e 13 de abril, relata a página eletrónica “Vá de bike“.
O festival chama-se Prototype, vai na segunda edição e é uma produção apoiada pelo Instituto Goethe, da Alemanha.
As bicicletas funcionam fixas num suporte, fazendo rodar um eixo com a roda traseira, que transmite o movimento ao gerador que carrega uma bateria de 12 volts a corrente contínua. Um transformador torna depois a corrente alterna e aumenta a são para 110 volts, a corrente doméstica usada no Brasil, que pode então ser usada por qualquer equipamento elétrico comum, como foi o caso.
O único factor que condiciona a produção de mais ou menos eletricidade é a energia de que quem pedala nas “gerónimas”.
Um piquenique coletivo, ações participativas, instalações, passeios de bicicleta, música ao vivo, debates e intervenções de artistas brasileiros e estrangeiros integraram a programação do evento, que ainda promoveu alguns colóquios sobre o tema da sustentabilidade.
Enquanto outros eventos usam geradores a gasóleo, gasolina ou gás, contribuindo para o efeito estufa e aumentando a poluição do ar, o Prototype teve energia limpa, movida a arroz com feijão consumido pelos voluntários que pedalaram nas bicicletas geradoras, ironizaram os promotores.Pedais.PT
MM
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