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sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Nelson Oliveira sétimo no contrarrelógio dos Jogos Olímpicos Estrada

Nelson Oliveira sétimo no contrarrelógio dos Jogos Olímpicos
Estrada
O português Nelson Oliveira foi hoje o sétimo classificado na prova de contrarrelógio dos Jogos Olímpicos, no Rio de Janeiro, cumprindo o objetivo de terminar a competição no top 10. 

O ciclista natural de Anadia cumpriu os duros 54,5 quilómetos em 1h14m15,27s, mais 1m59,85s do que o vencedor, o suíço Fabian Cancellara, único ciclista a terminar a corrida com menos de uma hora e treze minutos: 1h12m15,42s. 

Num traçado longo, com quatro subidas e descidas íngremes, apesar de curtas, a gestão das capacidades físicas foi fundamental. Nesse aspeto, Nelson Oliveira esteve exemplar, melhorando de uns pontos de cronometragem para outros. 

Aos 10 quilómetros tinha o 13.º registo, era 11.º aos 19,7, décimo aos 34,6, nono aos 44,4 e sétimo na chegada, o que lhe garantiu um Diploma Olímpico. Deixou para trás, por exemplo, o atual campeão do Mundo, Vasil Kiryienka, ou o triplo campeão mundial Tony Martin. 

Com desempenho desta tarde, Nelson Oliveira estabeleceu o novo máximo nacional em contrarrelógios dos Jogos Olimpicos, superando o anterior melhor resultado, o 18.º lugar de Londres, que já lhe pertencia. 

Na luta pelas medalhas Fabian Cancellara foi imperial. No ano em que termina a carreira impôs-se, pela segunda vez, no contrarrelógio olímpico. Foi o único homem a rodar acima dos 45 km/h de média. O holandês Tom Dumoulin foi aquele que mais se aproximou, mas ainda assim gastou mais 47,41s do que o vencedor. O britânico Christopher Froome repetiu o bronze de Londres, a 1m02,12s de Cancellara. 

Nelson Oliveira, com 27 anos e ainda em processo de evolução, ficou a 58 segundos do pódio, um resultado animador com vista ao futuro. “Estou contente com o diploma, há poucos desportistas em Portugal que o têm. É óbvio que vou continuar a trabalhar para um dia tentar chegar às medalhas”, frisou o ciclista. 

"Foi um desempenho dentro os objetivos que tínhamos e que não eram fáceis de alcançar: conseguir um top 10 num percurso tão difícil perante adversários tão fortes", sintetizou o selecionador nacional, José Poeira.
MM

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