Vento do deserto leva aspirações portuguesas |
A Seleção Nacional/Liberty Seguros não resistiu ao forte vento e às quedas que dizimaram o pelotão no troço do deserto da prova de fundo do Campeonato Mundial de Estrada, disputado hoje, em Doha, Catar, com vitória do eslovaco Peter Sagan, que revalidou o título. Com cerca de 80 dos 257,5 quilómetros percorridos, a prova, até aí monótona, ganhou vida. As equipas da Noruega, da Grã-Bretanha e da Bélgica aproveitaram a viragem de regresso à cidade e o vento forte do deserto para acelerarem. A alta velocidade criou dificuldades físicas que precipitaram muitas quedas e deixaram o pelotão em pedaços. Um dos acidentados foi o chefe de fila de Portugal, José Gonçalves, vítima de quada aos 85 quilómetros de corrida. Viria a desistir, devido a fortes dores no ombro esquerdo, na passagem pelo segundo ponto de assistência. A movimentação do deserto deixou fora da discussão das medalhas alguns dos principais candidatos, apanhados desprevenidos. Foi o caso dos velocistas alemães André Greipel, Marcel Kittel e John Degenkolb, do francês Nacer Bouhanni ou do holandês Dylan Groenewegen. Em compensação, entre os 26 homens do pelotão da frente ficaram nomes como Peter Sagan, Tom Boonen, Elia Viviani, Mark Cavendish, Alexander Kristoff, Greg van Avermaet ou Michael Matthews. Além da queda de José Gonçalves, a passagem pelo deserto fez mossa em Sérgio Paulinho e em Nelson Oliveira, atrasando-os irremediavelmente. Sérgio Paulinho acabaria por abandonar na primeira passagem pela meta, a cerca de 100 quilómetros do final, enquanto Oliveira resistiria até faltarem 60 quilómetros para a conclusão da corrida.
MM
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domingo, 16 de outubro de 2016
Vento do deserto leva aspirações portuguesas
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