Equipa com deficientes é inédito na história!
Reinaldo “Tubarão” Nassif conduzirá equipe com deficiente físicos durante os 515km do Erdinger Alkoholfrei UB515 Brasil neste final de semana.
São Paulo, março de 2016 – A 3ª edição do Erdinger Alkoholfrei UB515 Brasil Ultra Triathlon, único triathlon da América do Sul na distância Ultraman, que acontecerá entre os dias 1º e 3 de abril, ganhará uma nova modalidade. Pela primeira vez uma equipe competidora contará com a participação de deficientes físicos que serão conduzidos por um atleta durante todo o percurso.
A prova no Brasil acontecerá no litoral norte de São Paulo e no Rio de Janeiro e será disputada nos mesmos moldes do mundial, no Havaí, onde no primeiro dia os atletas nadam 10 km e pedalam 145 km; no segundo, pedalam 276 km; e no último dia correm duas maratonas (totalizando 84 km). O principal desafio da equipe, que pretende revolucionar essa modalidade de esportes, será completar todas as etapas da UB515 Brasil Triathlon conduzindo pessoas deficientes em inovadores equipamentos adaptados.
Reinaldo Abunasser Bassit, mais conhecido como Tubarão, será o condutor durante toda a competição. O atleta que tem currículo extenso como esportista, nutricionista e pesquisador na USP afirma que o objetivo da iniciativa é a inclusão social. “No Ultraman, ninguém no mundo realizou essa prova dessa forma, com esse tipo de equipamento e com esse propósito, ou seja, seguindo a meta de performance e não apenas completando a prova. Isso já caracteriza um imenso desafio”, diz o triatleta. “A ideia é mostrar que os deficientes físicos podem participar de provas de triathlon, independente da distância, junto com seus pais ou amigos, além de incentivar a prática desse esporte implementando uma nova modalidade e conceito de competição, onde todos poderão se divertir, estar inclusos no esporte e melhorar a qualidade de vida. Isso também permite a inclusão de crianças que não são deficientes junto com seus pais”, completa.
Ricardo Roldão, presidente do Roldão Atacadista, resolveu apoiar este desafio porque é atleta e se dedica bastante às provas de ciclismo. “Acredito muito em pessoas e esta novidade chamou a minha atenção para uma causa muito maior em diversos sentidos, principalmente em superação. Todos os participantes terão o desafio de superar seus limites. É uma iniciativa incrível”, disse ele.
Histórias de Superação
Para conquistar o objetivo da equipe, Tubarão contará com a participação de pessoas que têm histórias surpreendentes para contar. Conheça abaixo:
Mara Cristina Gabrilli, 48, deputada federal de São Paulo, psicóloga e publicitária, sofreu um acidente de automóvel aos 21 anos que a deixou tetraplégica. Ficou cinco meses internada, dois deles respirando artificialmente. Apesar do acidente que tirou seus movimentos do pescoço para baixo, não deixou de ser atleta. Diariamente, pratica exercícios e atividades físicas, principalmente à base de eletroestimulação. Atualmente, como deputada, Mara trabalha com projetos para a inclusão social, por isso, aceitou participar da prova de natação e parte da corrida. “A inclusão através do esporte é fundamental para melhorar a saúde e o bem-estar de pessoas com deficiência. Além disso, o desafio que o esporte proporciona nos ajuda a transcender as barreiras que a sociedade nos impõe, pois passamos a assumir papéis que muitas pessoas julgam não sermos capazes de exercer”, disse ela.
Danielle Nobile, 30, é professora de inglês e maratonista. Há 3 anos, um acidente de carro também a deixou tetraplégica. Correr era, e ainda é a sua maior paixão. Há 1 ano e meio, ganhou uma handbike e começou a escrever uma nova história. Entrou para o paraciclismo, ganhou a meia maratona de Buenos Aires (2014) e, por ter sido campeã da Wings for Life 2014 na categoria cadeirante feminina, se tornou embaixadora da prova, representando o Brasil na edição 2015, em Verona, na Itália. Está na 3ª posição no ranking nacional no paraciclismo. Recentemente, entrou para o paratriatlhon e tem muito orgulho de dizer que é a 1ª mulher cadeirante triatleta do País. Como sempre teve muito gosto pelo esporte, topou participar deste desafio. Ela participará do ciclismo e de uma parte da corrida. “É um desafio inédito na minha vida, por isso estou ansiosa para viver esta experiência”, contou.
Filipe dos Santos Magela Ribeiro, 24, sempre gostou muito de bicicleta e aos 19 anos comprou uma moto. Três anos depois, sofreu um acidente e fraturou três vértebras (T12, L1 e L2). Depois de muitas sessões de fisioterapia e condicionamento físico, conheceu o ciclismo com HandCycle (bicicleta de mão adaptada para cadeirantes), e desde então, pratica a modalidade. “O esporte mudou a minha vida, foi o caminho que encontrei para viver e curtir mesmo com limitações. Vejo esta prova como uma oportunidade para conhecer e aprender mais sobre o esporte. Devemos agarrar com unhas e dentes todas as oportunidades para aproveitar ao máximo”, disse.
MM
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