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segunda-feira, 2 de maio de 2016

Empresa faz roupa que inibe mau cheiro para ciclista ir de bike ao trabalho.

Pedalar sob o sol, suar e ter que trocar de roupa ao chegar à empresa são alguns incômodos enfrentados por ciclistas que vão de bicicleta para o trabalho. O que é problema para muitos virou uma oportunidade de negócio para a jornalista Nina Weingrill, 29. Ao lado da mãe Claudia Pereira Weingrill, 49, e da estilista Camila Silveira, 30, ela criou a Velô, uma marca de roupas para ciclistas da cidade.
As peças são feitas com fibras sintéticas, que são mais leves, não amassam e permitem a entrada de ar, segundo a empresária. Além disso, a composição do tecido também tem proteção contra raios solares (ultravioleta) e acabamento bacteriostático, que inibe a proliferação das bactérias e o mau cheiro causado pelo suor.
De acordo com Weingrill, as roupas são desenhadas com o objetivo de facilitar os movimentos durante a pedalada. As calças, por exemplo, possuem aberturas nos joelhos que deixam as pernas mais livres para pedalar. Já as saias e os vestidos têm um minishort por baixo que esconde a roupa íntima.
"Pedalar de saia é um problema porque o movimento [das pernas] faz com que a calcinha fique à mostra", diz. "Nossas peças vêm com shorts por baixo ou são shorts-saia, possibilitando uma movimentação ampla das pernas."
A empresa vende, em média, 60 peças por mês, segundo Weingrill. Os preços variam de R$ 30 para uma tornozeleira, que evita que a barra da calça enrosque na coroa da bicicleta, a R$ 380 para uma capa de chuva ajustável ao corpo. As peças são masculinas e femininas. 
As vendas são feitas pelo site da empresa e na loja Aro 27 Bike Café, um espaço voltado para ciclistas na capital paulista. O faturamento e a margem de lucro do negócio não foram revelados.

Ciclofaixas de São Paulo ajudaram empresa a crescer

A empresa foi aberta em agosto de 2014 com investimento inicial de R$ 100 mil, mas o planejamento começou dois anos antes, de acordo com a empresária. Ela diz que percebeu a oportunidade no mercado no período em que ia para o trabalho de bicicleta.
"Minha mãe tem um ateliê de costura e meu pai pratica mountain bike. Em nossas conversas, percebemos que enquanto essa modalidade tem uma série de aparatos e roupas específicas, quem pedala na cidade sofre com calor, mau cheiro e desconforto", afirma.
A empresa entrou para o mercado na mesma época em que a implantação das ciclofaixas na capital paulista ganhou destaque, o que, segundo Weingrill, ajudou a impulsionar o negócio. "São Paulo começou a viver uma transformação social onde a bike começa a ser enxergada também como alternativa de transporte", diz.

Ladeiras e longas distâncias restringem uso de bike

Para Marcelo Sinelli, consultor do Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo), a iniciativa corresponde a uma tendência de abertura de negócios voltados à mobilidade urbana. Porém, as barreiras os ciclistas ainda enfrentam nas cidades inibem esse público de crescer muito rápido.
"Uma das grandes restrições [para o uso da bike] é que as pessoas não têm onde tomar banho ou se trocar no trabalho. Essa logística, talvez, restrinja o número de pessoas que vão de bike ao trabalho", afirma.
Sinelli diz, ainda, que o preço dos produtos é elevado, o que pode limitar o público consumidor. "Quantas pessoas podem pagar esse valor [de R$ 30 a R$ 380] hoje? É um nicho de mercado e o desafio da empresa será superar a fase inicial do negócio e conquistar clientela", declara.

Onde encontrar:

MM

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