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sábado, 28 de abril de 2018

Um cemitério de bicicletas na China.

É isto que fica quando uma empresa de bike sharing chega à falência.
Um amontoado de bicicletas de várias cores, ocupando uma área aproximadamente do tamanho de um campo de futebol. 
Para alcançar o seu topo são necessárias gruas e o impacto que causa não deixa ninguém indiferente. 
Se podia ser uma instalação artística? Podia. Mas é, sim, uma outra forma de olhar para a indústria de bike sharing [partilha de bicicletas] na China.
Um cemitério de bicicletas na China. É isto que fica quando uma empresa de bike sharing chega à falência
O registo, por parte de um fotógrafo de Xiamen, no sudeste do país, pretende mostrar a realidade vivida depois da falência de empresas responsáveis pela prática de partilha de bicicletas, conta o The Guardian. 

O amontoado de velocípedes é, na verdade, um cemitério onde repousam bicicletas de três grandes empresas chinesas: Mobike, Ofo e Bluegogo, agora extinta.
A prática de bike sharing cresceu na China, falando-se na Bluegogo como uma “Uber das bicicletas”. 

Apenas com um smartphone era possível desbloquear as bicicletas, que podiam ser usadas e deixadas em qualquer lugar, uma vez que tinham um sistema GPS integrado que permitia a sua localização.
Contudo, existem demasiadas bicicletas e pouca procura. 

A Bluegogo já pediu desculpa pela situação, com o seu diretor executivo a assumir que foi “demasiado arrogante”.
A empresa, ao cobrar um pequeno valor por ciclos de 30 minutos, não aguentou a concorrência de outras empresas que inundaram as cidades de bicicletas para garantir que havia sempre veículos disponíveis: existem, em Xangai, 1,5 milhões de bicicletas espalhadas pelas ruas.
Alguns exemplos de bike sharing em Portugal
Em Lisboa foi iniciado este ano um sistema de bicicletas partilhadas. 

Em vigor desde 19 de setembro, o projeto “Gira” registou, durante o primeiro mês de funcionamento, mais de seis mil viagens realizadas nas 100 bicicletas disponíveis no Parque das Nações, segundo a Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento (EMEL).
Segundo dados divulgados à Agência Lusa, entre 19 de setembro e 18 de outubro tinham sido subscritos “860 passes, dos quais mais de 90% são anuais”.
A marca “Gira” está disponível no Parque das Nações, São Sebastião, avenidas de Roma e do Brasil e no Saldanha. Está previsto que o sistema se alargue até 140 estações, contando com 1.410 bicicletas.
empresa chinesa Ofo também chegou a Portugal, mais precisamente a Cascais

Em outubro, dezenas de bicicletas amarelas marcaram presença frente aos Paços do Concelho, marcando o início de um projeto em que Cascais é o município piloto no país e utilizar a primeira plataforma e líder mundial no mercado de bike sharing.
No entanto, Cascais tinha já um sistema de bicicletas a funcionar, através da MobiCascais(plataforma de mobilidade integrada), um programa destinado a residentes, trabalhadores e visitantes do concelho.
Também em Torres Vedras se partilham bicicletas, aproveitando a deixa para homenagear Joaquim Agostinho, conhecido ciclista do concelho. 

As “Agostinhas” permitem andar pela cidade, existindo 11 estações disponíveis e duas modalidades de veículos: bicicletas a pedal ou elétricas. 
O objetivo é, sempre, proporcionar uma forma de transporte urbano rápido e flexível, contribuindo ainda para a prática de exercício físico.
MM

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