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terça-feira, 8 de outubro de 2013

RODAS - entenda melhor para que servem...

As rodas de uma bicicleta são constituídas por: pneus, aros, cubos e raios.
Podem ser bem distintas entre si, variando bastante em cada modalidade.
 
É uma das partes mais complexas da bicicleta, devido à sua estrutura de raios tensionados.
É também uma das partes mais importantes para redução de peso.

Aros

"Os aros podem ter diâmetros diferentes, atualmente os mais comuns são:
20" (biketrial e BMX);
24" (MTB e BMX);
26" e 29" (BTT);
 700C (Estrada).
 Existem outras medidas, como a 19" e 27.5" (650C), mas não são muito populares.
Aros 700C equivalem em diâmetro aos 29", porém essa nomenclatura é mais associada às rodas de estrada.
A largura do aro também é uma medida importante, pois alguns pneus só podem ser usados em determinadas faixas de larguras.
Não há muito segredo nisso, já que não existem tantas variações e mecânicos experientes vão saber as combinações corretas.
Os aros de bicicletas de estrada e triatlo também possuem propositalmente diferentes alturas da parede, para oferecer diferentes características aerodinâmicas, podendo, inclusive, ser todas fechadas."
Os materiais mais populares empregados na fabricação dos aros são alumínio e fibra de carbono. Alguns aros para travões v-brake possuem uma camada feita de uma liga cerâmica para aumentar o poder da travagem.
 Porém, com a substituição cada vez maior dos v-brakes pelos travões a disco, estes tipos de aros estão a cair em desuso no mountain biking.
Já nas bikes de estrada, os aros de fibra de carbono algumas vezes possuem essa camada de travagem feita noutros materiais.
O peso baixo, alta rigidez e melhor aerodinâmica são o que caracterizam bons aros.
Além disso, existem aros clincher, tubeless e tubulares.
Os aros clincher são os mais comuns, nos quais os pneus são montados nos aros com a câmara de ar no meio.
Já os tubeless são aros que aceitam pneus especiais para o uso sem câmara de ar.
Os aros tubulares são preparados para receber um tipo de pneu especial, que é costurado junto à câmara de ar e colados ao aro.

Cubos

Os cubos são as partes centrais das rodas, nos quais são fixados os raios que os conectam ao aro.
Os eixos, dianteiros e traseiros, passam por dentro dos cubos, servindo de apoio para os rolamentos.
Os eixos variam de largura e diâmetro de acordo com o garfo/suspensão e quadro em que serão montados.
 Consequentemente as estruturas dos cubos também sofrem variações.
 Em geral, quanto mais extrema a modalidade, maior será o eixo.
Hoje em dia, as principais medidas de eixos dianteiros são 5 mm, 9 mm, 15 mm ou 20 mm de diâmetro por 100 mm e 110 mm de largura. Já nos cubos traseiros os eixos variam de 5 mm, 9 mm, 10 mm e 12 mm de diâmetro, com larguras de 130 mm, 135 mm, 142 mm e 150 mm.
Alguns cubos atualmente já possuem adaptadores especiais para o uso com diferentes quadros ou garfos.
Outra característica importante dos cubos é o tipo de rolamento que possuem.
Rolamentos de qualidade vão trazer menos resistência à rolagem e maior durabilidade.
Alguns sistemas possuem as bilhas montadas diretamente em uma pista dentro do cubo, o que facilita a manutenção e promete uma rolagem mais "solta".
Outros sistemas possuem rolamentos blindados, ou seja, que não ficam expostos aos elementos externos e são encaixados diretamente nos cubos.
Qual sistema é melhor, ainda é uma questão controversa.
 Ultimamente estão a ser usados também os rolamentos de cerâmica, nos quais as bilhas (e às vezes a própria pista) são feitas de uma liga de material metálico e cerâmico, o que promete menor resistência à rolagem e menor peso.
O mecanismo de engate também é outro ponto a se considerar em um cubo traseiro.
Quanto mais pontos de engate, menos rotação do pedaleiro é preciso para começar a tracionar a roda. Ao mesmo tempo pode significar um pouco mais de atrito contra a rolagem da roda.
Para completar, os cubos também possuem diferentes furações, que devem ser iguais ao número de furos nos aros e é onde os raios vão encaixar.
O padrão mais popular tem 32,
mas podem ter 20,
24,
 28,
 30,
36 ou qualquer número em algumas rodas especiais.

Raios

Presos aos cubos e aros, estão os raios.
Podem ser de aço, titânio, carbono ou alumínio, sendo os mais populares e baratos os de aço.
(Por vezes são os melhores e mais fiáveis)
 Raios de melhor qualidade são menos propensos a falha e mais leves.
Possuem diferentes tamanhos, pois precisam satisfazer as medidas dos cubos e dos aros.
Para calcular o tamanho é preciso usar algum software ou calculadoras específicas, porém, mecânicos experientes sabem as combinações mais populares e o tamanho certo a se usar.
Usar tamanhos maiores pode deixar uma ponta dentro do aro que pode furar a câmara de ar.
(Para isso, utilizamos uma lima de ferro e gastamos o excedente)
Além disso, existem diferentes tipos de enraiamentos.
A diferença está em quantas vezes cada raio "cruza" com raios vizinhos.
Em geral, quanto mais cruzamentos, mais forte a roda e mais pesada
 (pois os raios precisam ser mais longos)
e até existem enraiamentos retos, sem cruzamentos, que são mais leves, mas precisam de cubos especiais e podem ser mais frágeis às forças laterais.
Existem também enraiamentos mistos, podendo ter cruzamentos diferentes em cada lado da roda ou até no mesmo lado.
O assunto é bastante complexo e técnico, sendo o ideal usar a recomendação dos fabricantes ou padrões mais aceitos.
Uma outra característica de raios é o seu diâmetro, que pode ser constante ao longo do seu corpo ou variável (popularmente chamado de "trefilado").
Os raios trefilados costumam ser mais leves, por terem mais material apenas nos pontos críticos. Alguns raios têm forma achatada ao invés de circular, prometendo maior aerodinâmica.
Existem também raios especiais, feitos para cubos e aros específicos, que não podem ser usados em outras combinações.
São raios que possuem diâmetros, materiais e roscas especificas para o sistema criado pela marca.

MM

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