Ozono e 'Viagra' para enganar novos testes de doping.
Investigadores descobriram rede que já usava técnicas para contornar o passaporte biológico, considerada a arma de despitagem do futuro
Quando os cientistas desenvolveram uma técnica para detectar doping com eritropoietina (EPO), os batoteiros passaram a usar micro-doses, para que a substância ficasse pouco tempo no corpo e fosse indetetável.
Agora que o passaporte biológico está em andamento no ciclismo e biatlo e pode ser implementado no futebol, descobre-se que há quem procure ludibriar o projecto considerado uma das armas do futuro.
Numa longa investigação, a polícia de Pádua (Itália) descobriu que está a ser usada como dopagem sanguínea uma nova técnica- auto-hemoterapia com ozonização - e também Viagra, segundo as conclusões do inquérito, citadas pela Gazzetta dello Sport.
A investigação Via Col Doping começou quando o pai de um corredor da Gerolsteiner, Andrea Moletta, foi parado pela polícia durante a Volta à Itália, tendo na sua posse, escondida numa embalagem de pasta de dentes, uma seringa de Lutelef, medicamento com Gonadorelina, substância neurohormonal.
Viram-se também envolvidos no inquérito Davide Rebellin e Emanuele Sella, ambos com testes positivos por CERA, treinadores e ciclistas amadores, que vendiam dopantes a outros corredores, conta a Cycling Weekly.
A investigação levou à detenção do médico Enrico Lazzeri, filmado enquanto dopava uma nadadora de 15 anos, na presença do pai.
Uma das técnicas de dopagem administradas aos clientes por Lazzeri era a auto-hemoterapia com ozono, na qual são retirados 200 cc de sangue do atleta, enriquecidos com ozono e depois reinjectados. Em teoria isto aumenta a oxigenação do sangue sem alterar os parâmetros usados no passaporte biológico para detectar doping, como a percentagem de glóbulos vermelhos ou de células jovens.
Mas falta provar em ensaios clínicos os benefícios desta técnica, que aumenta o risco de embolismo e danifica as membranas dos glóbulos.
Os investigadores também apreenderam grandes quantidades de Viagra, que aumenta o fluxo sanguíneo.
Estes métodos de doping não estão especificamente referidos na lista de substâncias proibidas da Agência Mundial Antidopagem (AMA), mas a listagem proíbe todos os métodos artificiais de "incremento do transporte de oxigénio". "A AMA está a par destas várias técnicas e substâncias e incorporou-as no seu trabalho científico", disse ao DN o director de comunicação da agência, Frédéric Donzé. "A AMA vai interceder junto da União Ciclista Internacional e do Comité Olímpico Italiano para assegurar que as auto- ridades antidopagem recebem as provas obtidas pela polícia".
Reportagem vista em: http://www.dn.pt/desporto/antidoping/interior.aspx?content_id=1410138
Agora que o passaporte biológico está em andamento no ciclismo e biatlo e pode ser implementado no futebol, descobre-se que há quem procure ludibriar o projecto considerado uma das armas do futuro.
Numa longa investigação, a polícia de Pádua (Itália) descobriu que está a ser usada como dopagem sanguínea uma nova técnica- auto-hemoterapia com ozonização - e também Viagra, segundo as conclusões do inquérito, citadas pela Gazzetta dello Sport.
A investigação Via Col Doping começou quando o pai de um corredor da Gerolsteiner, Andrea Moletta, foi parado pela polícia durante a Volta à Itália, tendo na sua posse, escondida numa embalagem de pasta de dentes, uma seringa de Lutelef, medicamento com Gonadorelina, substância neurohormonal.
Viram-se também envolvidos no inquérito Davide Rebellin e Emanuele Sella, ambos com testes positivos por CERA, treinadores e ciclistas amadores, que vendiam dopantes a outros corredores, conta a Cycling Weekly.
A investigação levou à detenção do médico Enrico Lazzeri, filmado enquanto dopava uma nadadora de 15 anos, na presença do pai.
Uma das técnicas de dopagem administradas aos clientes por Lazzeri era a auto-hemoterapia com ozono, na qual são retirados 200 cc de sangue do atleta, enriquecidos com ozono e depois reinjectados. Em teoria isto aumenta a oxigenação do sangue sem alterar os parâmetros usados no passaporte biológico para detectar doping, como a percentagem de glóbulos vermelhos ou de células jovens.
Mas falta provar em ensaios clínicos os benefícios desta técnica, que aumenta o risco de embolismo e danifica as membranas dos glóbulos.
Os investigadores também apreenderam grandes quantidades de Viagra, que aumenta o fluxo sanguíneo.
Estes métodos de doping não estão especificamente referidos na lista de substâncias proibidas da Agência Mundial Antidopagem (AMA), mas a listagem proíbe todos os métodos artificiais de "incremento do transporte de oxigénio". "A AMA está a par destas várias técnicas e substâncias e incorporou-as no seu trabalho científico", disse ao DN o director de comunicação da agência, Frédéric Donzé. "A AMA vai interceder junto da União Ciclista Internacional e do Comité Olímpico Italiano para assegurar que as auto- ridades antidopagem recebem as provas obtidas pela polícia".
Reportagem vista em: http://www.dn.pt/desporto/antidoping/interior.aspx?content_id=1410138
M.M.
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