O ciclista português que foi recebido por dois Papas.
O ciclista de Leiria, conhecido por ter batido o recorde do mundo de bicicleta de resistência, vinha do Vaticano, saudado pelo Papa Francisco, no dia 23 de abril, poucos dias antes da canonização dos Papas João Paulo II e João XXIII. Foi de carro até ao Vaticano mas no regresso fez a sua peregrinação rumo a Fátima inteiramente de bicicleta, um percurso de 2470 quilómetros. "Parava só para almoçar e eventualmente à noite para comer e descansar", conta.
A canonização do Papa João Paulo II era um evento de grande importância para Carlos, porque tinha sido o mesmo que, há 28 anos, recebeu o leiriense no Vaticano. "Estava à espera da sua canonização, porque queria estar lá [no Vaticano] de corpo e alma", relata ao Expresso.
Para que assim se sucedesse, contactou António Augusto de Santos Marto, atual bispo de Leiria-Fátima, com quem já se tinha cruzado antes, para o ajudar com esta tarefa. "Disse-me que teria de escrever uma carta e até me ajudou a fazê-lo." Pouco tempo depois, o bispo felicitou Carlos com um abraço ao anunciar-lhe que o Francisco tinha lido a carta e teria gosto em recebê-lo.
"Eu comparo muito João Paulo II ao Papa Francisco", diz-nos Carlos enquanto pedala. "São os dois muito humildes e, para mim, são dois Papas que mudaram imenso a história papal e a imagem da Igreja."
O encontro entre os dois foi despachado mas o ciclista garante que conseguiu dizer ao atual líder da Igreja Católica tudo o que queria. "Falei-lhe da minha peregrinação, mas acima de tudo pedi a bênção a todos os portugueses."
Depois do desejado encontro, já só faltava o caminho de volta. O carro que conduziu até Roma cedeu-o a Francisco Palma, seu habitual companheiro das lides com duas rodas e, de bicicleta montado, calculou que teria de percorrer 250 quilómetros diários. Errou por pouco: "Demorei um dia a mais do que tinha demorado em 1986".
Com chegada a Fátima prevista para esta quinta-feira, fez ainda uma paragem importante, em Leiria, na noite de quarta-feira. "Tinha milhares de amigos, família e companheiros dos bombeiros à minha espera, de braços abertos."
Repetir a proeza é incerto. Diz-se satisfeito pelo que conseguiu até agora. "É preciso muita fé!", disse entre gargalhadas enquanto continuava a pedalar.
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MM
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