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sábado, 23 de agosto de 2014

F. E. C. exige redução para 30 km/hora da velocidade nas localidades.

Federação Europeia de Ciclistas exige redução para 30 km/hora da velocidade nas localidades.
Sinal 30
A redução da velocidade máxima dentro nas cidades dos atuais 50 km/hora para 30 km/hora é uma das exigências da Federação Europeia de Ciclistas (ECF, na sigla inglesa) incluídas num manifesto publicado pela organização a propósito das eleições para o Parlamento Europeu realizadas no domingo.
“Cerca de metade de todos os acidentes fatais em áreas urbanas envolvem peões e ciclistas. Dado que a velocidade excessiva e colisões com veículos a motor são as principais causas de morte, é urgente acionar medidas que melhores a segurança neste campo”, reivindica a Federação num dos 10 pontos do documento.
Embora já existam localidades onde foi concretizada essa redução da velocidade em muitas partes da sua rede viária, essa decisão é contrária à Convenção de Viena sobre Tráfego Viário, datada de 1968, onde a velocidade máxima estabelecida para os meios urbanos é de 50 km/hora.
Em Lisboa, está a decorrer a implantação de vários bairros com zonas 30, já concretizada no Bairro do Charquinho, em Benfica, e Bairro das Estacas, em Alvalade. Realizam-se atualmente os trabalhos que irão limitar o tráfego àquela velocidade nos bairros de Alvalade situados entre a Avenida de Roma e o jardim do Campo Grande.
A ECF defende que “é chegada a altura para baixar a velocidade padrão para 30 km/hora” e considera que uma ferramenta eficaz para atingir esse objetivo são os sistemas inteligentes de adaptação de velocidade (Inteligente Speed Assistance – ISA).
Atualmente há 250 milhões de europeus a andar de bicicleta e “queremos que esse número aumente”, anuncia a ECF, que representa cerca de 80 organizações de ciclistas e utilizadores de bicicleta em 40 países da Europa.
Uma das formas de atingir esse objetivo é criar melhores condições para usar a bicicleta, pelo que defende uma percentagem de 10 por cento das verbas orçamentais destinadas a transportes devem ser destinadas a promover o uso do velocípede.
Na União Europeia (UE), essa medida traduzir-se-ia num investimento de 6000 milhões de euros nos próximos cinco anos em projetos relacionados coma bicicleta, nas contas da Federação.
Durante o último período orçamental da UE (2007-2013) esse valor ficou-se pelos 600 milhões de euros, apenas 0,7 por cento dos 82 mil milhões investidos em infraestruturas de transporte, adianta a ECF.
A igualdade entre o uso da bicicleta e outros modos de transporte é outra exigência da organização sediada em Bruxelas, que aponta os congestionamentos de tráfego como um dos principais desafios para os sistemas de transportes europeus.
Para a situação contribuem os incentivos dados por muitos sistemas fiscais a modos de transporte insustentáveis, designadamente os chamados veículos de empresa entregues aos funcionários.
“Essas viaturas constituem 50 por cento de todas as vendas de carros novos na UE”, alerta o manifesto.
“A UE deve encorajar os estados-membros a introduzirem novas medidas fiscais, ou a removerem barreiras existentes, a fim de incentivar o uso da bicicleta nas deslocações casa-trabalho”.
Também na área da saúde o panorama é assustador, já que a poluição do ar, em grande parte originada pelos transportes tradicionais foram responsáveis pela morte de 400 mil pessoas em 2010 e 90 por cento da população está exposta a aos mais prejudiciais poluentes atmosféricos emníveis considerados perigosos pela Organização Mundial de Saúde.
Como forma de melhorar a qualidade do ar, “o uso da bicicleta deve ter prioridade sobre o transporte individual motorizado” e esses veículos “têm igualmente que se tornar menos poluidores”.
A Federação recomenda ainda que a Comissão Europeia convoque especialistas para elaborar um pacote de medidas para incentivar o uso da bicicleta e recolher dados sobre o usos do velocípede en todos os estados membros.
M M.

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