Como aterrar de uma queda de bicicleta sem se machucar muito...
“Quedas são um mal necessário do ciclismo” diz Dan Lloyd, um antes ciclista profissional que agora trabalha no canal de ciclismo on-line GCN.
“A mentalidade é ir em frente”, diz Lloyd. “Talvez não a todo custo: se você bater a cabeça, por exemplo, há um entendimento de que você deve parar e se certificar de que está tudo bem. Mas com coisas menores como pele esfolada, eu não acho que exista algum piloto em uma competição que diga ‘bom, é melhor eu ir para casa’. Mesmo fraturadas, muitas pessoas continuam.”
Lloyd, que confessa já ter sofrido várias quedas, diz que pilotos profissionais não recebem treinamento sobre como se comportar em uma queda: “O único treinamento que você recebe acontece quando você cai de verdade. Outros pilotos podem não concordar comigo, e eu já ouvi um ou dois pilotos dizerem que durante um treino eles poderiam cair e não se machucar, mas na minha opinião isso acontece tão rápido que não dá tempo de pensar em como rolar no chão.”
Para pilotos amadores, quedas podem aparecer sutilmente de várias maneiras. Enquanto em uma competição quedas podem (e costumam) acontecer em torno dos 50km/h, um ciclista comum talvez pedale na metade dessa velocidade. Consequentemente, eles tem mais tempo para reagir – e que, apesar de não parecer lógico, pode ser o que os coloca em maior perigo.
“São as quedas em baixa velocidade onde os pilotos costumam quebrar a clavícula, por que você tem tempo de colocar as mãos para baixo, e muitas vezes é isso o que acontece,” diz Lloyd (o choque com o chão se propaga pelos braços e só se dissipa ao partir a clavícula em dois). “Você não escorrega sobre o solo. As duas vezes nas quais eu quebrei minha clavícula, eu estava em baixa velocidade.”
Então como fazer para evitar se machucar em uma queda? “Meu parecer é que é melhor manter suas mãos no guidão”, diz Lloyd. “Parece que se você se enrolar no formato de uma bola e rolar no chão, o impacto é amortecido.”
As palavras dele são repetidas por Rob Jarman, que disse ao BikeRadar.com que durante uma queda na qual você perde a roda traseira e cai diretamente na direção do solo, é bom praticar relaxar o seu ombro; assim, a parte de trás dele pode levar maior parte do impacto com o chão.
No entanto, como Lloyd salienta, “É outra coisa tentar pensar nisso tudo quando você está para atingir o chão.” Durante uma queda na qual você tem um segundo ou dois para se preparar, pode ser melhor pensar em onde aterrissar ao invés de como aterrissar.
“É muito, muito melhor aterrissar na beira de um asfalto do que no asfalto. Você perde muita pele no asfalto. E isso pode parecer horrível, mas o melhor lugar para aterrissar é em cima de outro piloto. Você aterrissa muito mais suave!”
É claro que a melhor de todas as opções é não cair.
“Como em qualquer outra coisa, prevenção é melhor do que cura,” diz Lloyd. “É uma das piores partes do ciclismo. Se você não está correndo, há menos coisas em jogo: você tem mais espaço entre você e os outros. Tente evitar quedas a qualquer custo, por que não é muito legal!!”
MM
Sem comentários:
Enviar um comentário
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.